terça-feira, 10 de novembro de 2015




SPIRULINA - POTENCIAL TERAPÊUTICO

Spirulina é uma Cyanobacterium ou grupo das algas verde- azuladas, encontradas em lagos nas aguas salgadas e doce as mesmas já existiam destes os primórdios do mundo o que parece ter acontecido há cerca de 2,5 bilhões de anos.  Cyanobacterium a sua morfologia se apresenta microscopicamente a forma de cocos, bastonetes, filamentos ou pseudofilamentos .
        O gênero Spirulina apresenta as espécies: S. platensis, S. máxima, S. fusiformes e S. major. As espécies S. platensis e S. máxima, são as mais investigadas sendo importante fundamento na fonte de oxigênio através da fotossíntese abastecia  a biosfera quando a terra apenas tinha  0,0001 de oxigênio  em nosso planeta por ser rica em nutrientes tem quem afirme que o seu  pigmentos clorofila em sua fase  de fotossíntese a mesma absorve e sintetiza nutrientes tornando este potencial de constituintes que  são proteínas, vitaminas do complexo B, minerais, antioxidantes β-caroteno e vitamina E. A presença de ácidos graxos poli-insaturados, especialmente o ácido gama linolênico é variável para as duas espécies (S. platensis e S. máxima). Em contrapartida sua clorofila ajuda a remover as toxinas do sangue e estimula o sistema imunológico. Tendo uma ação de desintoxica cola-se aos metais pesados do organismo e ajuda a removê-los.

LEGALMENTE AUTORIZADA
 A Spirulina é legalmente autorizada como complemento ou suplemento alimentar   na Europa, Japão e Estados Unidos pelo FDA. No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite sua comercialização deste 2008. Com o quesito que a mesma esteja sendo produzida obedecendo os meios de armazenamento e preparo.

SEU POTENCIAL PARA PRATICANTES DE ACADEMIA E COMPETIDORES NO UNIVERSO FISICULTURISTA
O conteúdo proteico da Spirulina atinge 60-70% do seu peso seco, estas proteínas apresentam excelente qualidade com um índice balanceado de aminoácidos essenciais saiba que aminoácidos essências não são produzidas pelo organismo de forma endógena, portanto são encontrados em alimentos como ovos, salmão, carne, lentilhas e outros. As proteínas presentes possuem digestibilidade de 70%. Entre os aminoácidos não essenciais presentes na Spirulina estão: alanina, arginina, ácido aspártico, cistina, ácido glutâmico, glicina, histidina, prolina, serina e tirosina. Entre os aminoácidos essenciais, estão a isoleucina, a leucina, a lisina, a metionina, a fenilalanina, a treonina e a valina estes aminoácidos agem para combater catabolismo .
     O seu conteúdo em proteína é 60-70%, o mais elevado de todos os alimentos naturais ultrapassando a carne e peixe que têm 15 a 25%, a soja com 35%, amendoins com 25% ou ovos com 12%. Sendo assim uma fonte rica em proteínas indispensável para dietas de atletas, todavia para construção muscular principalmente.

SEU POTENCIAL TERMOGÊNICO (QUEIMADOR DE GORDURAS)  EMAGRECIMENTO.
Está correlacionado com o aumento da atividade da lipase lipoprotéica (LPL), que por sua vez hidrolisa os triacilgliceróis retirando os ácidos graxos dos quilomícrons, contudo efeito de sua ação sobre o VLDL A LPL é a principal enzima no processo de hidrólise dos triacilgliceróis circulantes e atua na modulação das reservas de gordura.
A bioquímica da redução de peso associada pela Spirulina é o efeito da proteína na saciedade. Segundo alguns pesquisadores, a elevação dos picos de aminoácidos plasmáticos, analisadas após a ingestão de proteínas, estimula a liberação de hormônios anorexígenos e insulina, os quais irão atuar sobre o centro da saciedade, resultando na redução do apetite.
   Os resultados indicaram que esta microalga pode prevenir a hipercolesterolemia (Elevação patológica da taxa de colesterol no sangue).

PREVINE O ENVELHECIMENTO PRECOCE
            Efeitos antioxidantes, estas propriedades combatem e reduzem os efeitos negativos dos chamados radicais livres, pois estes mesmos agentes retardam os efeitos do envelhecimento. Tal benefício é notável especialmente no aspecto e saúde de nossa pele, nossas unhas e nosso cabelo. 
       Os radicais livres são substâncias altamente reativas que aceleram o processo de envelhecimento, deteriorando nossas células e tecidos.Os radicais livres são produzidos por nosso próprio corpo quando não temos uma alimentação adequada, o submetemos ao estresse ou nos tornamos pessoas sedentárias.

 DIABETES MELITUS
O diabetes mellitus é um distúrbio crônico, identificado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias geradoras de energia, bem como pelo desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas. Está doença está associada a um defeito hormonal associada a deficiência de insulina, que pode ser total, parcial ou relativa.A ficocianina é facilmente extraída da Spirulina em sistema aquoso, sendo assim, a fração hidrossolúvel é rica neste componente. Por outro lado, a fração lipossolúvel é rica em ácidos graxos poliinsaturados, já que estes são facilmente extraídos em sistemas graxos. Dessa forma, a diminuição dos níveis de glicose sérica e a redução dos estoques de glicose podem ser atribuídas a ficocianina e aos ácidos graxos poli-insaturados. 

SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa de caráter multifatorial, entre os quais estão fatores genéticos, neuro-humorais, dietéticos, vasculares, renais e cardiogênicos (Nunes et al., 1998). A hipertensão é definida como uma pressão arterial de 140/90 mmHg ou maior, pois este é o valor acima do qual os benefícios do tratamento parecem superar os riscos, constataram que ratos tratados com S. platensis tiveram sua pressão sanguínea diminuída devido a uma propriedade vaso dilatante do microrganismo, relatada por Parades-Carbajal et al. (1997), o qual testou os efeitos desta em anéis aórticos de ratos. Torres-Duran et al. (2007) estudaram os efeitos da suplementação oral de S. maxima na dose de 4,5 g/dia, durante seis semanas em um grupo de 36 indivíduos (16 homens e 20 mulheres, com idades entre 18 e 65 anos). O resultado encontrado foi uma redução das pressões sanguíneas sistólica e diastólica antes e após o tratamento.

EFEITOS NO SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico dos seres humanos é constituído por um conjunto de tecidos, células e moléculas, cuja função é proteger o organismo contra agentes infecciosos. Quando um antígeno penetra pela primeira vez no organismo, ativa uma cascata em defesa geral, denominada imunidade inata. Se a imunidade inata não for eficaz para eliminar o microrganismo invasor e a doença se instalar, o corpo desenvolve uma resposta imunológica primária, a qual eliminara o invasor, resultando em recuperação com desaparecimento da doença. 
todavia, as respostas imunológicas contra antígenos podem, algumas vezes, ser excessivas, tornando-se inconvenientes ou causando prejuízo ao hospedeiro. Estas respostas exageradas são denominadas de hipersensibilidade cujos efeitos podem ocasionar sintomas como vasodilatação, exsudação, edema, eritema e endurecimento tecidual devido à infiltração maciça dos leucócitos (Sharon, 2000). A administração experimental de ficocianina (pigmento extraído da Spirulina) por via oral em camundongos, promoveu o aumento na atividade dos linfócitos do grupo tratado em relação ao grupo controle, o que sugere uma forma que estimula o sistema imunológico. Além disso, a ingestão diária de ficocianina manteve ou acelerou as funções celulares normais, o que pode vir a prevenir o câncer ou inibir seu crescimento.
  
SEU POTENCIAL NA PREVENÇÃO E COMBATE AO CANCER
             O câncer é uma doença genética, causada por uma série de mutações somáticas no DNA que levam à proliferação celular irrestrita. A maioria destas alterações envolve modificações na sequência do DNA. Originam de erros aleatórios de replicação, exposição a carcinógenos ou defeitos nos processos de reparo de DNA.
           Experimentos utilizando extrato de Spirulina e Dunaliella, realizados em hamsters, comprovaram que o β-caroteno, um dos componentes da microalga, inibiu a formação de carcinoma na região bucal de 40 hamsters, ao aplicar-se uma solução tópica do extrato, trêsvezes por semana, durante 22 semanas. Em pesquisas subsequentes, (Schwartz) demonstraram que extratos de Spirulina e Dunaliella preveniram o desenvolvimento de tumor oral em hamsters, em doses muito menores do que as utilizadas em seu estudo anterior. Analisaram que os carcinomas que estavam começando a se desenvolver foram destruídos, provavelmente, por uma resposta imune. Isto foi presumido pela observação de um denso infiltrado de linfócitos e monócitos na região.
         O efeito da Spirulina na prevenção de câncer pode ser atribuído à presença de β-caroteno, precursor da vitamina A, o qual apresenta capacidade de controlar a diferenciação e a proliferação celulares nos epitélios. Avaliaram a atividade quimiopreventiva da S. fusiformis, administrando 1 g/dia do microrganismo, durante 12 meses, na reversão de leucoplaquias orais existentes em mascadores de tabaco do estado de Kerala na Índia. A regressão completa das lesões foi observada em 45% dos indivíduos que ingeriram o microrganismo, contra 7% dos indivíduos aos quais foi administrado placebo.Sobretudo, estudos realizados mostraram que a Spirulina pode ter um efeito significativo sobre o câncer do fígado, diminuindo a ocorrência de tumores no fígado a partir de 80% a 20%.

BENEFÍCIOS PARA MULHERES (CANCER DE MAMA)  Benefícios da Spirulina na Prevenção do Câncer:  os potentes antioxidantes β-caroteno e vitamina E presentes na Spirulina ajudam a reduzir o risco de câncer. Pois, estudos laboratoriais mostraram que a Spirulina teve resultados extraordinários   na redução do câncer. No ano 2009 uma corporação de pesquisa chinês, publicou em Biomedicina e Farmacoterapia que a Spirulina em combinação com Selênio poderia ajudar na prevenção do câncer de mama.

POTENCIAL TERAPÊUTICO ANTIVIRAL
       Os vírus são parasitos intracelulares obrigatórios que se replicam apenas dentro das células, uma vez que seus ácidos nucléicos.Propagam que a ação antiviral da S. platensis deve-se a um polissacarídeo sulfatado composto por ramnose, ribose, manose, frutose, galactose, xilose, glicose, ácido glicurônico, ácido galacturônico, sulfato e cálcio, o qual apresentou efeito de inibição seletiva da penetração do vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1), do citomegalovírus, do vírus do sarampo, da caxumba, da influenza A e do HIV-1 nas células. Composição atribuída a molecular decorrente da quelação entre cálcio e grupos sulfato no polissacarídeo. Um extrato aquoso de S. platensis inibiu a replicação do vírus HIV-1 em linhagens de células T humanas, em células mononucleadas do sangue periférico (CMSP) e em células de Langerhans.
        O extrato, quando pré-incubado com o vírus, antes da adição das células T humanas, inativou diretamente a infectividade do HIV-1. Os pesquisadores apontaram a atividade antiviral do extrato à fração polissacarídica e também aos taninos contidos na microalga, concluindo que extratos aquosos de S. platensis possuem atividade antirretroviral.

 POTENCIAL TERAPÊUTICO NA MICROBIOTA INTESTINAL
       A Spirulina apresenta acesso e aumento da viabilidade de microrganismos como Bifidobacterium e Lactobacillus, presentes na flora intestinal. Tsuchihashi et al. (1987) demonstraram que a ingestão de S. platensis com a dieta, na dose de 5%, durante 100 dias elevou a população de Lactobacilos no ceco de ratos, três vezes mais do que no grupo controle, o qual não foi alimentado com a microalga.
       Analisando o grupo tratado com o grupo controle os pesquisadores concluíram que a importância do ceco na absorção de nutrientes foi aumentada em 13%, que a população de Lactobacillus aumentou 327% e que a quantidade de vitamina B1 absorvida no ceco foi ampliada em 43%. Salientou-se que a microalga não fornece a vitamina, e sim aumenta sua absorção. Sendo assim, este estudo sugere que ingerir Spirulina aumenta a quantidade de Lactobacillus no intestino e pode tornar a absorção de vitamina B1 e de outras vitaminas provenientes da alimentação, muito mais eficiente (Tsuchihashi et al., 1987; Belay et al., 1993).

NUTRIÇÃO ESPACIAL
       Colocando em pauta as missões longas dos astronautas no espaço e os métodos de sobrevivência, como fazer menção na proporção da população na terra e a necessidade de expandir os recursos alimentícios? Respostas podem estar na busca recursos alternativos.
     As possibilidades que está sendo analisada para as missões dos astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) é o uso de algas Spirulina (microalgas que se encontram em lagoas) como fonte de proteínas e produção de oxigénio. 
Na esfera da missão Futura, da astronauta Samantha Cristoforetti, a Agência Espacial Europeia está a produzir kis educativos para alunos (7.º e 8.º anos) para a realização de uma experiência que permitirá que os alunos aprendam mais sobre a fotossíntese e o uso da Spirulina na alimentação como fonte de proteínas. A experiência consistirá na exposição de amostras de Spirulina a dióxido de carbono demonstrando desse modo o processo de fotossíntese e a reciclagem de oxigénio. 

SPIRULINA COMO CONSUMIR
v  Spirulina é encontrada em forma de comprimidos, cápsulas ou em pó. Nos casos de dieta de emagrecimento é recomendada a ingestão de 2 a 4 cápsulas por dia preferencialmente antes das principais refeições. Como suplemento alimentar na prática exercícios físicos ou musculação ingira 1 cápsula após o café da manhã e outra após o jantar.
v  Para atletas de grande performance é indicado de 2-5 gramas diárias o que equivale uma colher de chá de pó de spirulina.
v  A spirulina é contraindicada a gestantes, lactantes, pessoas alérgicas a frutos do mar e fenilcetonúricos.
v    A spirulina é complemento e não substitui as principais refeições. Os efeitos desejados nas dietas de emagrecimento somente serão eficazes através da pratica regular de exercícios com o auxílio da reeducação alimentar.

 


 




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